terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Acidente com morto 2

Jornal Boca - Balneário Camboriú

Polícia ouve envolvidos em acidente da Interpraias

(05/05/10) quarta-feira
Segundo o delegado a perícia já foi feita no caminhão

acidente da Interpraias

O delegado da polícia Civil Daniel Garcia está ouvindo os depoimentos dos envolvidos no acidente no último dia 27 de abril que envolveu um caminhão da Prefeitura da Secretaria de Obras, de Balneário Camboriú na Avenida Interpraias, e resultou na morte de José Arlindo da Silva, 58. O motorista do caminhão foi ouvido no mesmo dia, já os ocupantes da caçamba começaram a prestar depoimentos esta semana.
Conforme o delegado, a perícia no veículo foi feita na última sexta-feira, 30. “Temos que aguardar o resultado, que sairá nos próximos dias, para sabermos como seguirá os trabalhos, pois qualquer tipo de conclusão neste momento seria precipitado”, avaliou.

Entenda o caso

Por volta das 17h30 de terça-feira, 27, um funcionário da Secretaria de Obras de Balneário Camboriú morreu após pular da caçamba de um caminhão, supostamente sem freio, na Avenida Interpraias, entre o bairro do Estaleiro e Estaleirinho. O caminhão estava com funcionários que faziam o serviço de manutenção da estrada.
Quatro pessoas que estavam na caçamba se jogaram, um deles bateu a cabeça em uma pedra e morreu. José Arlindo da Silva, 58 anos, estava na caçamba com Carlinhos Antunes, 43, Rafael Lima, 27, e Cleomir Pereira, 23. José teve traumatismo craniano, foi levado ao hospital Santa Inês, mas não resistiu os ferimentos e faleceu. Os outros funcionários tiveram ferimentos leves.

Secretaria de Obras

Conforme o secretário de Obras Valmir Pereira, algumas reuniões estão sendo feitas com as equipes da secretaria, pois realmente há problemas de transportes e vários veículos estão retidos no pátio do departamento. “Estamos fazendo uma manutenção mais profunda em nossa frota, o que der para trocar com certeza não hesitaremos. Além de continuarmos os trabalhos de orientação aos funcionários”, ressaltou.
De acordo com Valmir, o veículo envolvido no acidente era da Casan, como não estava sendo utilizando foi cedido para a Secretaria de Obras. “A primeira vista não havia nada que demonstrasse que o caminhão estava com problemas, porém todo pessoa que trabalha com veículo sabe que precisa verificá-lo”, disse.

Testemunha

Isabel Rocha e sua filha passavam pelo local do acidente minutos após o ocorrido. Segundo Isabel, a ambulância de atendimento demorou cerca de 45 minutos para chegar ao local. “Quando chegamos, ele estava vivo, mas durante todo esse tempo ele ficou jogado na beira da estrada”, disse.
Isabel contou que antes do acidente presenciou a equipe trabalhando e que aparentemente não avistou nenhum equipamento de segurança que sinalizasse o serviço. Disse também que depois do acidente, ouviu os funcionários comentarem que pela manhã haviam sido comunicados de que o veículo estava sem freios.
Outro fato que chamou a atenção de Isabel é que na Base Integrada do Estaleirinho havia apenas um atendente. “Os policiais chegaram para atender a ocorrência priorizaram o trânsito, e não as outras vítimas que estavam muito nervosas, pois o problema não aconteceu só com o que morreu”, ressaltou.

Base integrada

A Base Integrada é formada pelas polícias Militar e Civil, e agentes de trânsito. Segundo o coronel da Polícia Militar Cláudio Koglin, desde o começo ele se opôs a colocar policias militares fixos no prédio, por isso “ficou combinado que haveria um policial civil de plantão 24 horas. Durante o expediente haveria um agente de trânsito disponível, e as guarnições da PM ficariam em rondas, para atender desde a divisa com Itapema até a Barra”, explicou.
A delegada regional da Polícia Civil Magali Nunes Ignácio disse que como não tem reforço de policiais, havia apenas uma pessoa que estava destacada para base, porém acumulava mais de uma função. “Aquela semana foi crítica porque não tínhamos ninguém, mas já convocamos um policial de Rio do Sul”. O secretário de Segurança Adélcio Bernardino informou não ter conhecimento da informação, e que verificará a situação.

Bombeiro

Conforme o sargento José Carlos dos Santos, a equipe do Corpo de Bombeiros foi deslocada para o local assim que a ocorrência foi gerada. “Temos um sistema que identifica horário da ligação, chamada e chegada, porém é preciso levar em consideração a distância do acidente, pois nos deslocamos pela BR 101 para ganhar tempo”, explicou.

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